não tive sorte em ir mas sim em voltar.
(C) TCA
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Um dia...
Um dia, mortos, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados, irreais,
E há-de voltar aos nossos membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais, na voz do mar,
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner Andresen
3 comments:
Não sei que lhe diga desta vez... Apenas que me sinto feliz por saber que voltou com a possibilidade de ser capaz de continuar criativo da maneira como nos tem vindo a demonstrar com os seus magníficos riscos. Ás vezes o real em excesso inibe-nos ou dilacera-nos a capacidade para pensar criativamente. Parabéns por essa vitória. Um abraço. Azul.
Era pequenita quando o meu tio regressou, e recordo ainda a festa que a familia lhe preparou para o receber de volta a casa.
Regressou para nós mas a alma deixou-a ficar em Cabinda junto dos companheiros q viu morrer e dos desconhecidos q foi obrigado a matar.
Morreu de tristeza 6 meses após regressar e dele eu ainda guardo a moldura que construiu com paus de fósforo queimados e onde ainda hoje me embala com o seu sorriso de menino.
que mais dizer senão: post fantástico! Um beijo
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