(C) TCA (C) príncepe lunático
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Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
nao vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
Inutil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!
António Gedeão
14 comments:
Que belo!
e que bom vê-los assim. Juntos nesta bela parceria traçada. Beijinhos aos dois :) :). Da fotógrafa
Sinceramente, GOSTEI DEMAIS!
(isso não há, mas pronto, é força de expressão...)
Bjs :)
Lunático amo-te
Ë ai de quem falar de escolhos a quem só vê as tais flores. E que diferença há entre moinhos e gigantes, quando se tem uma espada indisposta à bainha?
simplesmente fantástico. Adorei!
Lembro-me de uma brincadeira onde um começava o desenho pela cabeça, outro continuava o tronco e o último teminava as pernas. Todos sem ver como era o desenho anterior. O resultado era cada monstro cômico!
Belíssimo este poema!
Belíssimo post: desenho a duas mãos e um poema do poeta sábio , Gedeão. Lindo mesmo!
Um beijo.
Ah, este é o "meu" poema de António Gedeão. Tão bom lê-lo aqui, neste domingo de manhã.
Um beijo daqui, do outro lado do mar, onde o inverno tem cara de verão,
Márcia
tábua de marés e mudanaça de ventos
Adorei!
Sempre que aqui entro o meu sorriso é maior... pelas imagens e pelos poemas... como gosto de aqui estar... :)
Um abraço ;)
bonito e profundo pensar. Bjs e ;)
Um dia também vou ter um desenho teu
Ai vou vou
:)
como se costuma dizer trabalho é trabalho, conhaque é conhaque. e o teu trabalho mantém-se muito bom.
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