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(C) TCA
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"Mónica e o Desejo".
Deixa-me ser tua por uma noite.
No convés de um navio,
No cimo de umas escadas,
No sótão de um prédio antigo.
Deixa-me ser tua outra vez.
Num baralho de cartas escondido.
No torpor de um ensinamento,
De costas voltadas p’ra lua.
Deixa-me ser.
Rasgada a roupa molhada.
Aperta-me os seios carmim.
Rompe-me a pele. Despe-me.
Abre-me as pernas cruzadas.
Lambe-me as coxas torneadas de marfim.
Deixa-me ser nua.
Palpa-me de cima a baixo.
Enlaça-me os quadris e
Senta-me em cima de qualquer coisa mais.
Dou-me-te de bom grado.
Não tenhas medo. Segura-me.
Arrasta-me para um Paraíso Perdido.
Apodera-te de mim com força.
Não cedas ao mau olhado.
Leva-me contigo para cima daquele telhado antigo.
Torna-me mulher sem fado.
poema de azul, cem truques
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