paz na terra ...
(C) TCA
Friday, December 30, 2005
Sunday, December 25, 2005
Saturday, December 24, 2005
luzes de natal
(C) lunático
_________________________
Podia ver-se
em cada rua, casa ou poema
a luz
que te iluminou os olhos
verdes reflectidos no orvalho
da manhã que agora acordou
azuis da cor do céu sem nuvens
brilhantes em mil e uma cores
junto a mim
podia ver-se
entre os céus até Belém
onde ficou
entre o sonho e o real
presente dos tempos dificeis
podia ver-se
entre palhas e murmúrios
entre rezas no regaço apenas
um instante bastou
para que o segredo de um dia
seja história universal
luz, da betty
Tuesday, December 20, 2005
retrato
(C) TCA
________________________________
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
cecília meireles
Monday, December 19, 2005
waiting for christmas #3: transparent star
- fazes-me uns desenhos neste papel?
- o primeiro, em linha recta. obrigado.
(C) TCA
_________________________________
As nuvens são sombrias
Mas, nos lados do sul,
Um bocado do céu
É tristemente azul.
Assim, no pensamento,
Sem haver solução,
Há um bocado que lembra
Que existe o coração.
E esse bocado é que é
A verdade que está
A ser beleza eterna
Para além do que há.
Para alem do que há
as nuvens são sombrias, fernando pessoa
- o primeiro, em linha recta. obrigado.
(C) TCA
_________________________________
As nuvens são sombrias
Mas, nos lados do sul,
Um bocado do céu
É tristemente azul.
Assim, no pensamento,
Sem haver solução,
Há um bocado que lembra
Que existe o coração.
E esse bocado é que é
A verdade que está
A ser beleza eterna
Para além do que há.
Para alem do que há
as nuvens são sombrias, fernando pessoa
Sunday, December 18, 2005
secrets
- Would you tell me a secret?
- Yes... but I think I would make you blush.
- So what? Never mind, tell me....
(C) TCA
____________________________
O amor é o amor - e depois?
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?...
O meu peito contra o teu peito
cortando o mar, cortando o ar
Num leito
há todo o espaço para amar!
Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor,
e trocamos - somos um? somos dois?
espírito e calor!
O amor é o amor - e depois?
o amor é o amor, de Alexandre O'Neill. li aqui
- Yes... but I think I would make you blush.
- So what? Never mind, tell me....
(C) TCA
____________________________
O amor é o amor - e depois?
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?...
O meu peito contra o teu peito
cortando o mar, cortando o ar
Num leito
há todo o espaço para amar!
Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor,
e trocamos - somos um? somos dois?
espírito e calor!
O amor é o amor - e depois?
o amor é o amor, de Alexandre O'Neill. li aqui
Wednesday, December 14, 2005
(almost) an open book
(C) TCA
_________________________________
Espanta-me o rasto sinuoso
dos passos dentro de mim
ser invisível por fora
Não haver alguém desperto
a ler-me no olhar aberto
os labirintos que eu trilho
Não sei se fale
dessa janela rasgada
em que partilho
demasiados enigmas.
© Fata Morgana
Tuesday, December 13, 2005
waiting for christmas #2
(C) TCA
há cerca de um ano, após uma pausa de blogosfera, surgiu o waiting for christmas no abstractoconcreto. haverá mais até ao natal. dedico-os, de forma muito especial, aos que pediram a continuação dos "riscos".
Sunday, December 11, 2005
cavalos calados
(C) TCA
______________________________________
O termômetro registrou
A enfermeira confirmou
E o padre encomendou
A minha morte aparente
A minha sorte
Minha camisa rasgada
No peito correndo óleo diesel
O relógio alarmou
A TV anunciou
O hotel todo pirou
Na minha morte preto e branca
A sua sorte
E o seu durex já não cola
Já não basta o tapa-olho
Meu pulso não pulsou
O aparelho aceitou
E o médico pirou
A minha morte aparente
A sua sorte
Minha garganta sem voz
E a minha morte veloz
O termômetro registrou
O aparelho aceitou
A enfermeira confirmou
E o padre encomendou
Meu corpo tem 2 mil cavalos calados...
Cavalos Calados, Cazuza
Friday, December 09, 2005
as putas do bocage
(C) TCA
______________________________________
Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas têm reinado:
Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleópatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:
Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:
Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.
todas as putas, bocage
ainda bocage! e como descreve-lo melhor do que aqui?
Bocage: 15 de Setembro de 1765 - 2 de Dezembro de 1805
Wednesday, December 07, 2005
Monday, December 05, 2005
Friday, December 02, 2005
putas#1: onde estão os homes?
(C) TCA
___________________________
Traditionally, man is regarded as the marriage breaker. This legend comes from times long past, when men still had leisure to pursue all sorts of pastimes. But today life makes so many demands on men that no noble hidalgo, Don Juan, is to be seen nowhere save in the theatre. More than ever man loves his comfort, for ours is an age of neurasthenia, impotence, and easy chairs. (…)
Carl Gustav Jung, Aspects of the Feminine
Subscribe to:
Posts (Atom)